sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Reajustes da Petrobras terão impacto no 3º trimestre
Os efeitos dos dois aumentos de combustíveis anunciados pela Petrobras este ano ainda não foram totalmente sentidos nos resultados da estatal. A avaliação é da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, ao reafirmar que a defasagem entre o preço internacional do petróleo e o praticado no Brasil pela estatal não é o único fator a explicar o prejuízo de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre.
Os reajustes de combustíveis anunciados pela Petrobras em 25 de junho (gasolina 7,83% e diesel 3,94%) e 16 de julho (6% no diesel) só impactarão os resultados do terceiro trimestre. Por isso, os dados registrados entre abril e junho refletem apenas o aumento de 10% na gasolina e de 2% no diesel em vigor a partir de novembro do ano passado.
Graça afirmou que a companhia está sempre brigando para trabalhar com paridade de preços, entretanto, precisa se preparar para momentos de maior defasagem. Para isso, é necessário focar na melhoria operacional, como a maior eficiência dos poços da Bacia de Campos. Essa é uma estratégia depende da Petrobras. "Precisamos fazer um bom planejamento e seguir a risca", disse. Segundo ela, a companhia já conseguiu bons resultados na área de refino, que bateu em junho recorde de processamento de derivados de petróleo.
Etanol
Graça Foster afirmou ainda que o mercado de etanol vai se recuperar quando os usineiros entenderem que os preços justificam seus investimentos. Graça lembrou que o aumento da oferta de etanol ajudará a reduzir as importações de gasolina e diesel. "Voltará o etanol, o etanol fica", disse. "Gasolina e álcool são inseparáveis."
Graça lembrou que a companhia está investindo no setor de etanol e avalia ativos nessa área que estão à venda.
Desinvestimento
O diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou que em agosto devem entrar no caixa da empresa R$ 5 bilhões em desinvestimentos, fruto de um acordo com a Petros.
Conforme antecipado pela Agência Estado em junho, a Petrobras fechou um acordo com o fundo de pensão da estatal para trocar garantias para uma dívida, que estão disponibilizadas na forma de títulos públicos, por estoques de combustível da companhia.
Barbassa afirmou que a papelada já está pronta e o acordo já foi fechado. A dívida não será alterada, apenas haverá uma troca das garantias. Com o acordo, a Petrobras consegue desmobilizar os títulos públicos para o caixa da companhia.
Fonte: O Estado de S. P.
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