terça-feira, 7 de agosto de 2012
Queiroz Galvão investe em eólicas
Apesar das condições climáticas, milho, soja e feijão renderão boa safra neste ano
O Paraná recuperou as perdas de produção provocadas pela severa estiagem ocorrida entre o fim do ano passado e início deste ano e colherá de 31,5 a 31,8 milhões de toneladas de grãos nesta safra. Este resultado abrange três safras cultivares no Estado: milho, soja e feijão.
Segundo o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Simioni, a partir da segunda safra houve recuperação na produção e nos preços praticados ao produtor. O bom desempenho compensou as perdas de 21% na produção de grãos de verão da safra passada, prejudicada pela seca nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.
Milho
Geadas na safra 2010/11 provocaram queda na produção. No entanto, a segunda safra compensou a quebra na produção com a colheita de 10,5 milhões de toneladas, 65% a mais que no ano anterior. O aumento na segunda safra de milho ocorreu em função do crescimento de 20% na área plantada neste ano, que passou de 1,7 para 2 milhões de hectares.
Os preços pagos ao produtor estão em torno de R$ 25 a saca, na média, cerca de 6% acima das cotações da safra anterior, que já estavam elevadas, em torno de R$ 24.
Os técnicos do Deral lembram que, apesar das boas condições de produção e de comercialização, o produtor pode ter elevação nos custos de produção de milho com a aplicação de fungicidas para eliminar doenças. Mas o Estado colherá boa safra de milho e as lavouras estão praticamente salvas do risco de geadas mais fortes.
Soja
A produção de soja também está satisfazendo os agricultores, tanto pelo desempenho da cultura como pela sinalização do mercado externo, que aponta a manutenção de preços sustentáveis para a próxima safra.
O plantio anterior foi prejudicado pela estiagem, que castigou o Paraná desde o fim do ano passado até meados de fevereiro de 2012. Mas o prejuízo foi compensado pelo mercado de grãos internacional, que está beneficiando os produtores brasileiros. Os Estados Unidos, por exemplo, estão enfrentando a maior seca desde 1956, que provocou a perda de 14 milhões de toneladas de soja da safra 2012/13. Em função disso, a saca de soja foi valorizada em 75% e o preço pago ao produtor atingiu R$ 70,26 a saca, em média.
Feijão e trigo
Feijão e trigo apresentaram queda na produção. As três safras de feijão cultivadas no Estado totalizam 668,9 mil toneladas, um percentual de 21% a menos que no ano anterior. Isso desestimulou os produtores. No entanto, em função da reação dos preços no mercado, os produtores aumentaram a área cultivada, passando de 170.992 para 224.041 hectares. Isso proporcionou produção de 293.326 toneladas.
O Deral confirmou em relatório que a área plantada com trigo foi de 764,8 mil hectares, uma das menores dos últimos 10 anos. Sendo assim, a produção desta cultivar, que era líder no ranking nacional até dois anos atrás, recuou para índice semelhante à área plantada em 2002, quando a cultura ocupou 900 mil hectares no Paraná.
Neste ano, o Estado terá uma colheita de pouco mais de 2 milhões de toneladas de trigo, ou seja, queda de 10% em relação à produção anterior, que já vinha refletindo o desestímulo dos produtores. A preocupação da secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab) é que essa queda drástica prejudique os agricultores, pois pode alterar o sistema de rotação de culturas que o Paraná tradicionalmente vem realizando.
Fonte: Correio do Povo
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