sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Mesmo após demissões, Dedini tem fábrica ociosa
A Dedini, empresa líder na oferta de equipamentos, máquinas e serviços para o setorsucroalcooleiro, está trabalhando com 50% da capacidade ociosa. mesmo após ter reduzido de 6,5 mil para menos de 3 mil o número de funcionários. A empresa também diversificou as atividades para driblar a crise no setor e começou a oferecer equipamentos para outros setores, como alimentos, petróleo e gás e mineração.
"Nós nos preparamos para atender o crescimento do setor sucroalcooleiro e, por conta da perda de competitividade do etanol, tivemos de reduzir nossas operações pela metade", disse o vice-presidente de tecnologia e desenvolvimento da empresa, José Luiz Olivério.
Depois de registrar uma receita de R$ 2,2 bilhões em 2008, a Dedini faturou cerca de R$ 900 milhões no ano passado. Segundo Olivério, a crise financeira deixou o setor sucroalcooleirodescapitalizado. No entanto, acrescentou, se não fosse a perda de competitividade do etanol em relação à gasolina, haveria mais investimentos no combustível renovável.
O executivo informa que, hoje, a Dedini atende o setor sucroalcooleiro com pequenos investimentos. "O setor faz a manutenção durante a entressafra, ou então constrói uma fábrica de açúcar para aproveitar o preço mais alto, ou coloca anidro onde só produzia hidratado", disse Olivério. "Mas não há mais investimentos em usinas novas nem em expansão, em função da falta de políticas públicas de longo prazo para o etanol", completa o executivo.
Alternativa. Segundo ele, a Dedini está lançando um produto voltado para limpeza da cana cortada mecanicamente para tentar reocupar sua capacidade ociosa. O lançamento ocorre nesta semana, durante a 20.ª Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira (Fenasucro) e a 10.ª Feira de Negócios e Tecnologia da Agricultura da Cana-de-Açúcar (Agrocana), no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho (SP).
O novo equipamento, batizado de SLC, faz a limpeza da cana a seco. O processo permite ao mesmo tempo limpar a cana sem molhar a planta e recolher a palha para utilizá-la na cogeração de energia. "Por esse processo, reduzimos o nível de impurezas que está indo para o processamento da cana e ainda separamos a palha para gerar energia", disse Olivério.
Eduardo Magossi
Fonte: O Estado de S. P.
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