quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Dólar segue com giro fraco, cai e interrompe dois pregões de ganho
Apesar do farto noticiário doméstico, com o anúncio de um novo pacote de estímulos aos investimentos por parte do governo federal, o dólar seguiu oscilando entre margens estreitas, engessado pela leitura de que o interesse do Banco Central é manter a moeda dos EUA acima do patamar de R$ 2,00. Nesta quarta-feira a divisa norte-americana operou ao longo de praticamente todo o dia em queda, em linha com a desvalorização ante outras moedas ligadas a commodities e interrompendo dois pregões consecutivos de ganhos.
Em meio a um giro financeiro fraco, o dólar à vista no mercado de balcão caiu 0,25%, a R$ 2,0220. Na máxima, logo após a abertura, a moeda foi cotada a R$ 2,0300 (+0,15%) e, na mínima, cedeu a R$ 2,0190 (-0,39%). Na BM&F, o dólar pronto terminou com baixa de 0,22%, a R$ 2,0212. Às 16h35, o movimento registrado na clearing de câmbio da Bolsa era de apenas US$ 1,002 bilhão, sendo US$ 944,860 milhões para liquidação em dois dias úteis (D+2).
No mercado futuro, o dólar para setembro também oscilou em baixa durante boa parte da sessão. No horário acima, caía 0,27%, a US$ 2,0290.
Segundo profissionais do mercado, não há um motivo específico que justifique a queda do dólar nesta quarta-feira. A economista da Link Corretora, Marianna Costa, frisou que há poucas coisas novas sobre a economia em geral e sobre a crise na Europa com força para mudar os preços, além de um liquidez bastante restrita. De qualquer forma, dados mais fracos da economia dos Estados Unidos dão um pouco de força para o euro e também para o real. Mas, ao mesmo tempo, a percepção de que a economia global também está mais debilitada acaba afetando as moedas de países mais dependentes da exportação de matérias-primas.
Às 16h40, entre as principais divisas ligadas às commodities, a divisa dos EUA caía 0,10% ante o dólar australiano; cedia 0,27% ante o dólar canadense e recuava 0,15% ante o dólar neozelandês.
Entre os indicadores domésticos, o BC informou que o fluxo cambial está negativo em US$ 1,177 bilhão em agosto até a última sexta-feira. O resultado foi prejudicado pela saída de US$ 1,003 bilhão do País entre os dias 6 e 10 deste mês, liderada pela ponta do comércio exterior.
Segundo um operador, o pacote de R$ 133 bilhões em concessões de obras em rodovias e ferrovias anunciado nesta quarta-feira pelo governo brasileiro não fez preço no dólar. Em sua visão, o câmbio só mostrará algum tipo de reação se esses investimentos demandarem captações ou repatriação de recursos externos.
No noticiário internacional, destaque para dois dados de atividade nos EUA. O índice Empire State de atividade industrial do Federal Reserve de Nova York caiu para -5,85 em agosto, de 7,39 em julho. Já a produção industrial nos EUA cresceu 0,6% em julho, em linha com as estimativas. No entanto, o dado de junho foi revisado para +0,1%, em vez de alta de 0,4% informada anteriormente.
Fonte: Estado de S.P.
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