quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Dólar registra nova queda e fecha a R$ 2,02
Os volumes negociados cresceram e a variação de preço também, mas a cotação do dólar segue respeitando os R$ 2,02.
Nesta quarta-feira, a formação de preço ficou alinhada ao comportamento de outras moedas emergentes, como o peso mexicano e dólar australiano, que ganharam da moeda americana.
Após começar o dia em alta e chegar a subir 0,44% (a R$ 2,037), o dólar comercial encerrou o dia com queda de 0,3%, a R$ 2,022 na venda.
Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar para setembro apontava queda de 0,39%, a R$ 2,031, antes do ajuste final. Os negócios na BM&F encerram às 18 horas.
O mercado continua se autorregulando, conforme prevalece a percepção de que o governo e o Banco Central (BC) não querem dólar abaixo dos R$ 2.
Quando a cotação se aproxima do piso, no caso o R$ 2,02, os compradores já se apresentam. Esse é o mesmo quadro que foi observado ao longo de todo o mês de julho.
No lado da análise técnica, o dólar futuro com vencimento em setembro não consegue romper de forma consistente o suporte na linha de R$ 2,03, o que abriria espaço para a moeda reforçar o movimento de baixa.
O Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, teve leve alta de 0,06%, para 82,37 pontos.
EUROPA
No câmbio externo, o euro passou por ajuste de baixa, conforme as notícias do dia, mais uma vez, não se mostravam positivas. A moeda comum perdeu 0,31%, a US$ 1,236.
A previsão de recessão no terceiro trimestre pelo Banco da França e a contração acima do esperado da produção industrial alemã contribuíram para o pessimismo. Além disso, a agência de classificação de risco Standard & Poor's mudou a perspectiva de nota da Grécia para negativa.
MERCADO DOMÉSTICO
No mercado interno, uma surpreendente entrada de dinheiro pelas contas comercial e financeira levou o fluxo cambial de julho a fechar positivo em US$ 942 milhões. Até o dia 27, o resultado era negativo em US$ 1,46 bilhão.
Apenas nos dias 30 e 31, a sobra de moeda foi de US$ 2,402 bilhões, sendo US$ 1,507 bilhão na conta comercial e US$ 895 milhões na conta financeira.
O resultado promoveu uma recomposição na posição comprada dos bancos no mercado à vista. O estoque de moeda, que tinha caído a pouco mais de US$ 130 milhões no meio do mês, encerrou julho totalizando US$ 2,679 bilhões, contra US$ 2,287 bilhões do fim de junho.
Com isso, fica reduzida a possibilidade de atuações do Banco Central (BC) no mercado à vista de câmbio para promover liquidez ao sistema, possibilidade aventada quando a posição dos bancos tinha caído em meados em julho.
No entanto, essa melhora do fluxo tem ares de evento pontual. Nos três primeiros dias de agosto, o fluxo já passou para o negativo em US$ 174 milhões.
Fonte: Folha Online
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