segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Cultivo irrigado de seringueira garante mais lucro e antecipa a coleta de látex
Em um hectare é possível plantar até 500 árvores
“A aplicação do uso de boas práticas no plantio de seringueira garante alta produtividade na extração do látex”, explicou o consultor Técnico de Biomassa da Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Carlos Gomes da Paixão Filho, durante palestra no Espaço do Agronegócio, instalado na Feira do Empreendedor, em Palmas. A explanação faz parte dos incentivos de implantação dos três polos de seringueira no Estado.
Em sua apresentação, Gomes explicou que para obter alta produção de látex, o produtor deve seguir alguns passos importantes como, o manejo adequado de plantio, com plantas sadias livres de pragas e doenças. “É importante acompanhar todas as fases da seringueira, e assim, garantir bons ganhos na produção de látex. Sabemos que o Tocantins tem grande potencial e as condições propícias de solo e clima favoráveis”, destacou.
Gomes disse, ainda, que é uma atividade alternativa que gera bons negócios e tem mercado promissor. “A seringueira é um segmento do agronegócio que cresce cada vez mais. É um mercado aberto excelente, por possuir grandes demandas e bons preços”, enfatizou, acrescentando que o plantio da seringueira pode ser irrigado e convencional, sendo que o irrigado garante mais lucro e necessita de menos mão de obra, além de antecipar em 1 a 1,5 ano o ciclo de plantio para produzir o látex.
Consórcio
Na palestra o consultor indicou também, o plantio consorciado, como mais uma alternativa de geração de renda para o produtor. “É mais uma oportunidade de ganho nos três primeiros anos da cultura, o que poder consociar com culturas como a soja, milho, abacaxi, dentre outras, visando aumentar o lucro da sua propriedade”, argumentou Gomes.
Conforme informações da Diretoria de Agroenergia da Seagro o mercado seringal deve crescer três vezes mais no Brasil para atender a demanda para o uso de pneumático e diversas utilidades produzidas por meio da borracha. A previsão é que essa demanda seja superada daqui a trinta anos.
Produtor
Empolgado com a atividade seringueira, o produtor Luiz Lopes Sampaio, participa pela primeira vez de uma palestra voltada para este segmento do agronegócio. Ele que possui uma propriedade no município de Cariri do Tocantins pretende investir na cultura do seringal. “Já tive conhecimento deste negócio. Falaram que realmente é rentável, e com isso, interessei em assistir esta palestra. E acredito que, em breve estarei investindo nesta atividade”, manifestou.
Parceiros
O representante da empresa RNBE – Rede de Negócios Brasil Empreendedor, Wagno Milhomem presente no ciclo de palestra é parceiro nos projetos de seringueiras no Estado. A empresa de assistência técnica acredita no ramo do negócio da seringueira. “Nós somos parceiros do Governo do Estado, juntamente com o Ruraltins acompanhamos todas as etapas de plantio, desde mudas, plantio, sangria e os financiamentos disponíveis para os produtores, além da definição das áreas apropriadas ao plantio” disse acrescentando que o Estado caminha para um grande avanço na produção de borracha da seringueira nos próximos anos.
Dados
Atualmente o quilo de látex custa R$ 3,50, mas este preço tende a aumentar. Em um hectare é possível plantar até 500 árvores. O estado de São Paulo é o maior comprador da matéria-prima.
Fonte: SEAGRO
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