quinta-feira, 3 de maio de 2012

Farelo de soja valoriza e preços acumulam alta de 23% em Mato Grosso




Alta demanda e baixa oferta puxaram para cima os preços do farelo de soja em Mato Grosso. A valorização em 2012 já atingiu 23% somente neste ano. O valor médio, que em janeiro estava avaliado em R$ 585 por tonelada passou a R$ 723 em março, indicou na segunda-feira (30) o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Como explica Cleber Noronha, analista de mercado do Imea, o preço dos derivados do processamento da soja estão tomando sentidos diferentes em função da demanda. "A alta foi resultado da demanda chinesa, países asiáticos e alguns da Europa que estão demandando muito produto para as aves e suínos. Como o estoque mundial não está tão grande, isso pressionou para cima os preços", explicou.

Tendência que nos próximos meses se mantenha a alta. "Se a demanda continuar aquecida e como os estoques estão baixos, a tendência é de valorização de preços. Dependendo da necessidade, o preço pode se prolongar", pontuou o especialista.

O Imea mensurou o desempenho do farelo de soja para duas das principais cidades de Mato Grosso que concentram grande parte do processamento da oleaginosa. Em Rondonópolis e Lucas do Rio Verde, distantes a 218 km e 360 km de Cuiabá, o preço do farelo para exportação cresceu 25,6% e 23,2%, respectivamente, desde o início do ano.
Enquanto o preço do farelo cresceu o do óleo não evoluiu nos mesmos patamares. Em média no estado a base para exportação subiu 15% entre janeiro a abril. De acordo com o Imea, foi a metade do que o do grão para exportação, cuja valorização ultrapassou a casa de 30%.

Exportação

Ao avaliar o quesito exportações de óleo de soja de Mato Grosso o Imea aponta para aumento no mês de março. Com um giro de US$ 71,3 milhões, o período obteve uma marca histórica desde o ano de 1997. O volume de exportação atingiu 61,1 mil toneladas, variação de 121,65% em comparação com o mesmo mês do ano passado, apontou o instituto.

Para o Imea, os meses de março de 2005, 2006 e 2009 foram os que mais chegaram perto no volume de 2012, com 46,8, 59,8 e 46 mil toneladas, respectivamente. Entretanto, na rentabilidade ficaram abaixo, tendo US$ 22,4 milhões em 2005, US$ 28,6 mi em 2006 e US$ 29,1 mi em 2009. O cenário indica valorização dos produtos derivados da soja e, consequentemente, da soja.

A Índia é a maior importadora do óleo de soja de Mato Grosso, com 16 mil t, seguida da França e da China, com 14,7 e 13,2 mil t, mencionou o Instituto em sua análise semanal para a cadeia da soja.




Fonte: Agrodebate

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