quarta-feira, 9 de maio de 2012

Falta diálogo e política adequada para o setor crescer, dizem especialistas

Que o setor precisa de políticas públicas, linhas de crédito atrativas e desonerar a cadeia produtiva ninguém duvida, mas a grande questão discutida na atualidade é saber quem poderá defender o setor sucroenergético em Brasília.

Uma fonte do setor concorda que o etanol precisa ser desonerado para se tornar mais competitivo porém o mais urgente é contar com o apoio. "Isso os fornecedores Nordestinos sabem fazer bem, que é lutar pelos seus direitos. O setor sucroenergético precisa de maior apoio em Brasília e de pessoas dispostas a lutar pelos direitos dos produtores junto ao governo federal. Mas concordo que os produtores também devem sair da zona de conforto e brigar pelos seus direitos", diz.

De acordo com esta fonte, até mesmo o governo federal parece não estar tão informado sobre a realidade e as necessidades da cadeia produtiva sucroenergética. "Em governos anteriores o setor tinha um diálogo melhor com o governo", ressalta.

Segredo do sucesso



Luiz Gustavo Junqueira Figueiredo, diretor comercial da Usina Alta Mogiana, explica que a alternativa ideal para aumentar a renda do produtor seria diminuir os impostos na cadeia produtiva do etanol, notadamente do PIS e COFINS. "Mas não vejo nenhum movimento do governo federal para isso. Com o setor desprestigiado, os olhos voltados à indústria do petróleo e o etanol não sendo mais importante para a política energética, como está sinalizado pelo governo hoje, estou prevendo uma grande estagnação do segmento e podendo gerar desinvestimentos", comenta.

Segundo ele, sem apoio, há risco de nenhum grupo mais investir no Brasil e de algumas empresas brasileiras diversificarem ou mudar de país, como investir no etanol de milho nos Estados Unidos. "Não vai ser impossível se persistir esse cenário de completo descaso ao etanol. O etanol de milho é mais caro para ser produzido mas a mistura de etanol na gasolina está em 10% mesmo com os preços altos ou baixos da matéria-prima. Além disso, lá a regra é clara e dá mais segurança para se produzir", lembra.




Fonte: Jornal da Cana

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