segunda-feira, 21 de maio de 2012

Em Pernambuco, fornecedores de cana já sentem os efeitos da seca




A estiagem que vem castigando o Sertão e o Agreste chegou à Zona da Mata de Pernambuco. Os produtores de cana estimam uma perda de 48% na produção. De acordo com o Sindicato do Açúcar e do Álcool (Sindacúçar), o prejuízo pode chegar a R$ 300 milhões.

A reportagem do NETV 2° Edição foi até uma usina no município de Lagoa do Itaenga, na Mata Norte, para mostrar que, até em uma área irrigada, a cana está se desenvolvendo em um ritmo menor que o esperado. Se a seca não tivesse chegado a essa região, a planta estaria com um tamanho maior.

O fornecedor Ivanildo Alfredo da Silva disse que cortou a cana em janeiro. Agora, em maio, os 20 hectares dele deveriam estar com a cana bem mais crescida. Ele já sabe que vai ter prejuízo. "Não tem como colher, vai ser perda total", disse.

Em muitas plantações, a cana está queimada pelo sol. O vice-presidente da Associação de Fornecedores de Cana de de Pernambuco, Paulo Guedes, informou que o impacto da estiagem deverá afetar a próxima safra em toda a Mata Norte. "As previsões para esses dois próximos meses, que fecham o período de chuvas, não são boas. A gente estima uma queda na produção em torno de 48%", falou.

O presidente do Sindacúçar, Renato Cunha, que reúne os empresários do setor, também está preocupado com o longo período sem chuvas. "A redução no faturamento pode chegar a R$ 300 milhões. Esse é o número que trabalhamos hoje. Em alguns municípios da Mata Sul e Norte, não vemos tão pouca chuva assim há quase 70 anos", apontou.


Fonte: Portal G1

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