Preços estáveis ao longo deste ano e aumento da oferta de machos para abate em 2013. Essas são algumas das projeções para a pecuária sul-mato-grossense apontadas em estudo realizado pela Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul). O levantamento traz dados sobre a evolução do rebanho, dos abates de machos e fêmeas e o comportamento de mercado interno e externo e será apresentado no dia 16 de abril, durante o 25° Encontro de Tecnologias para Pecuária de Corte, no Sindicato Rural de Campo Grande.
Com um rebanho de 21,9 milhões de cabeças, Mato Grosso do Sul tem registrado queda no total de animais desde 2004, quando alcançou o volume total de 25 milhões de cabeças. O abate de animais também registrou queda de 6,8% nos últimos seis anos. “O que nos preocupa é que o número de fêmeas abatidas aumentou consideravelmente. A evolução no preço do bezerro e o abate de fêmeas são indicadores que tem estreita ligação. Quando o preço do bezerro cai, o abate de fêmeas cresce”, explica Adriana Mascarenhas, assessora técnica da Famasul.
Nos dois primeiros meses de 2012, o preço da arroba do boi caiu em 9,5% e o da vaca, em 14,5% no Estado. O preço da carne no varejo também registrou queda de 9,9% o kg/carcaça/boi e de 13% o kg/carcaça vaca. O abate, nesse mesmo período, aumentou em 10,7% se comparado a 2011. Só o abate de fêmeas cresceu 18,2% nesse período.
Para 2013, o cenário é favorável. “O estoque de bezerros hoje é de 2,29 milhões de cabeças, que estarão prontos para o abate ano que vem. Portanto, para que o preço não se desvalorize, a demanda terá que crescer em proporção maior do que a oferta prevista”, analisa a economista.
A evolução do peso dos animais para o abate é outro indicador positivo para o setor. De 1997 a 2011, houve um aumento médio de 4,9% no peso de fêmeas que saiu de 12,2 para 12,8 arrobas. O peso de machos teve 4% de aumento, saindo de 17,4 para 18,1 arrobas. “Isso sinaliza que o produtor tem se profissionalizado, mas é preciso ir além”, aconselha. A assessora acredita que investir em tecnologia é a única saída para aumentar a taxa de desfrute na pecuária, ou o total de animais ofertados para abate. “Hoje temos uma taxa de 15%, mas o satisfatório é que essa taxa esteja em 25%”, calcula.
Fonte: Sato Comunicação
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