CENÁRIO
De acordo com o produtor de orgânicos em Chapada do Guimarães, proprietário do sítio Monjolinho, Marcos Sguarezi, a ideia que se tem é de que a produção de orgânicos seja de baixo custo, já que não há o uso de agrotóxicos e outros insumos usado na agricultura convencional.
Porém, o fato de ser uma menor produção (sem uma grande escala), de um único produto, o alto custo da mão de obra, e o tempo maior para a colheita faz com que o cultivo de orgânicos custe caro para o produtor mato-grossense.
“Um produtor de orgânicos tem que dedicar muito mais tempo para que sua plantação esteja pronta no tempo ideal que oferece ao consumidor final um produto de qualidade, com todo as vitaminas necessárias e uma palatabilidade diferenciada”.
Existem Estados, como o Paraná, por exemplo, em que o custo de produção para orgânicos é mais baixa, isso acontece, segundo Sguarizi, porque existe tecnologia, investimento e política pública que incentiva a produção. Mesmo com as dificuldade o agricultor acredita na expansão da produção para os próximos anos no Estado. “Nós conseguimos trazer os preços para mais próximo da realidade dos alimentos convencionais, e acreditamos que a
busca da população por maior qualidade de vida influenciará o crescimento dos orgânicos nos próximos anos para Mato Grosso”, conclui.
Preços- Mesmo sendo mais saudáveis e com um custo de produção mais caro, os alimentos orgânicos custam ao consumidor final em supermercados até 20% a mais que os produtos que levam agrotóxicos.
De acordo com o economista Edisantos, “os preços ainda são distorcidos, quando o consumidor adquire produtos orgânicos, por exemplo, em supermercados, onde a diferença entre o valor recebido pelo produtor e o preço praticado varia de 100%”. Daí a recomendação de que o consumidor adquira os produtos orgânicos nas feiras de produtores, lojas especializadas em produtos orgânicos e cestas oferecidas pelo produtor diretamente ao consumidor”, explica.
Fonte; Folha Estado
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