Dólar sobe a R$ 1,886 e faz nova máxima no ano

Mais uma vez descolado de seus pares externos, do preço das commodities e de outros ativos de risco, o real fecha o dia em baixa ante ao dólar, que assim faz nova máxima para o ano.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira com leve alta de 0,11%, a R$ 1,886 na venda, maior cotação desde o fim de novembro do ano passado. Na máxima, a divisa foi a R$ 1,892.

Na maior parte do dia, a moeda americana operou em alta, atento a uma provável atuação do Banco Central. Em torno das 16h, horário em que o BC costuma realizar os leilões no mercado, o dólar perdeu parte dos ganhos e ficou perto da estabilidade. No entanto, a autoridade monetária optou por não atuar.

Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o dólar para maio tinha valorização de 0,21%, a R$ 1,887. Esse contrato deixa de ser negociado no fim do pregão de segunda-feira e a moeda para junho vira referência. Esse contrato ganhava 0,26%, a R$ 1,899 depois de fazer máxima a R$ 1,9035.

Na avaliação de profissionais do mercado, a ata da última reunião do Copom, divulgada hoje, deixou em aberto a possibilidade de novas quedas da Selic (atualmente em 9% ao ano), o que tornaria a taxa básica de juros brasileira menos atrativa ao capital externo.

No documento, o BC mais uma vez mudou o discurso e aponta que "qualquer movimento de flexibilização monetária adicional deve ser conduzido com parcimônia". Em março tinha falado que tinha intenção de levar a Selic para patamares ligeiramente acima dos mínimos de históricos.




Fonte: Folha Online