quinta-feira, 26 de abril de 2012
Dólar fecha a R$ 1,884, maior cotação do ano
Repetindo o observado no pregão de ontem, o dólar oscilou entre alta e baixa, mas termina o dia praticamente estável. De fato, faz cinco pregões que a moeda não se sai na linha de R$ 1,88.
Depois de mínima a R$ 1,877 e máxima de R$ 1,888, o dólar comercial fecha o dia a R$ 1,884 na venda, ganho de 0,11% sobre o fechamento de ontem. A variação é mínima, mas a cotação é a maior desde o fim de novembro do ano passado.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar com vencimento em maio apontava valorização de 0,15%, a R$ 1,8835, antes do ajuste final. Também na BM&F, o dólar pronto fechou com ganho de 0,34%, a R$ 1,8845. O volume foi de US$ 30,25 milhões, ante US$ 105 milhões na terça-feira.
O Banco Central (BC) voltou a marcar presença no mercado. Por volta das 12h10, a autoridade monetária tomou dólares a R$ 1,8818. Com isso ficou a expectativa de novas atuações à tarde, algo que não se confirmou.
Por ora, o mercado de câmbio local segue assimétrico. Ou seja, o viés de alta permanece maior do que o de baixa justamente em função das atuações do BC e da postura do governo, que a cada oportunidade reforça a ideia de que pode tomar novas medidas no câmbio.
Essa assimetria também se reflete nas negociações externas com o real. A taxa de operações de carry trade (arbitragem de juros) ou de NDF (contrato a termo sem entrega física de moeda) estariam atrativas à venda de dólar e compra do real. Mas o risco de alguma atuação do governo afasta os investidores.
No câmbio externo, o dia foi de valorização para a maior parte das moedas emergentes, como o dólar canadense e dólar australiano. Com isso, o real ficou, mais uma vez, descolado de seus pares.
O aceno do Federal Reserve (Fed, banco central americano), de que não tomará novas medidas de estímulos não serviu de refresco ao dólar. O Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, fechou com baixa de 0,14%, a 79,06 pontos. Já o euro subiu 0,16%, a US$ 1,321.
Em tese, a visão um pouco mais positiva do Fed com relação à economia e a ausência de novas medidas de estímulo seria um vetor de alta para a moeda americana.
Fonte: Folha Online
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