Cálculo que fez nesta sexta ao editor o diretor da Brasoja:
- Só com a quebra da metade da safra gaúcha de soja, neste verão, que caiu de 12,5 milhões de toneladas para 6,5 milhões de toneladas, a economia do RS perdeu R$ 5,9 bilhões.
. Emater, FEE, o governador Tarso Genro e os secretários Mainardi e Ivar Pavan, calculam
perdas gerais (todas as safras) que equivalem à metade disto.
- O valor calculado por Sartori não leva em conta o efeito cascata que a quebra da safra produz sobre a produção industrial e os serviços.
Entrevista: Antonio Sartori, diretor da Brasoja, Porto Alegre.
Desastre na agricultura gaúcha é muito maior do que parece.
"Os números sobre as perdas na safra gaúcha de verão não são confiáveis ?
Não são. Abra o olho. Com base nas minhas avaliações diárias, somente em relação ao soja, te garanto o seguinte: sobre a safra de 12,5 milhões de toneladas do ano passado, as perdas irreversíveis somam 6,5 milhões de toneladas. Eu converso com todo mundo do interior. É minha função.
O que dá isto em dinheiro ?
Faça as contas. Se a tonelada do soja custa US$ 530 em Rio Grande, basta multiplicar pela perda de 6,2 milhões de toneladas. Isto representa perda certa de R$ 5,96 bilhões, calculado pelo dólar de R$ 1,80. O RS perdeu isto, este ano. Não tem volta.
Mas não foi o que disse Emater, Fundação de Economia e Estatística, Zero Hora, o bispo Dom Dadeus.
Não exagera. O que eu digo é que tem gente manipulando números ou trabalha com dados muito errados. Este ano o PIB do RS vai tomar uma paulada. Não é o que eu gostaria que acontecesse, porque isto prejudica o meu negócio, mas não dá para atropelar os fatos..."
Saiba por que a Usina Uruguaiana parada é um escândalo sem paralelo na história do RS
Um dos balanços anuais mais surpreendentes do mercado é aquele que foi publicado nesta quinta-feira pelo grupo americano AES, que no RS controla a distribuidora AES Sul (o RS tem três distribuidoras: AES Sul, RGE e CEEE). Trata-se do balanço da AES Uruguaiana. O balanço fechou sem o registro de um só centavo de faturamento. A manutenção da usina custa R$ 20 milhões por ano ao grupo AES.
. Um escândalo para uma empresa que não vive de filantropia e para um Estado que precisa desesperadamente de energia elétrica (veja nota a seguir sobre a CEEE).
. O grupo AES reservou 52 páginas standard no jornal Valor para publciar os balanços das suas empresas de geração, transmissão e distribuição, espalhadas pelo Sudeste e Sul.
. A AES veio para o Brasil no âmbito da privatização parcial do setor energético. Sua jóia da coroa é a Eletropaulo. No total, o grupo atende 7,5 milhões de consumidores através das suas distribuidoras e gera 14 mil TWh. No ano passado, apurou lucro líquido de R$ 3 bilhões.
. O caso da AES Uruguaiana chega a ser escandaloso, porque se trata de uma empresa, uma usina a gás, novíssima, prontinha para gerar espetaculares 639,9 MW de energia, algo que não consegue usina nenhuma do Estado, de qualquer tipo.
. A usina de Uruguaiana abriu em 2000 e está desativada desde 2009, simplesmente porque a argentina YPF resolveu aplicar um calote na Sulgás, que apanhava o gás na divisa com Paso de los Libres e levava até a usina da AES, e sobretudo na própria AES. Os americanos estão com reclamação em andamento na Câmara de Comércio Internacional, a ICC, onde pedem alguns bilhões de reais de indenização. A ICC estima que o caso estará resolvido ainda neste semestre.
. Nos dois últimos anos do governo Lula e no decorrer deste primeiro ano do governo Dilma Roussef, a AES , a Assembléia, a prefeitura de Uruguaiana e também o governo estadual, tentaram encontrar alternativas para o restabelecimento do fornecimento do gás argentino, mas nada foi adiante. O governo brasileiro tem sido lento e desidioso, porque já poderia ter aceito a última proposta que os próprios argentinos chancelaram, que é a de importar gás por propaneiros que aportariam em Baía Blanca. De lá, o insumo viria pelo gasoduto já existente e que vai até Paso de los Libres.
Calçadistas gaúchos protocolam queixa formal em Montevidéu, contra “práticas desleais de comércio” praticadas pela Argentina
A ACI (Associação Comercial e Industrial) de Novo Hamburgo, anunciou nesta sexta-feira que está farta das restrições impostas pela Argentina ao ingresso de calçados do RS.
. Na segunda-feira, os advogados José Luiz Mossmann Filho e Landro de Mello Schmitt, da ACI, protocolarão Reclamação junto ao MERCOSUL e Aladi, em Montevidéu.
. “Eles (os argentinos) usam práticas desleais de comércio”, denunciou o presidente da ACI, Marcelo Clark Alves. A Reclamação baseia-se em medidas protecionistas argentinas que atacam os fundamentos jurídicos das oganizações do Mercosul, Aladi e OMC.
- Eis o que disse ao editor o presidente Marcelo Clark: “Temos documentos, inclusive demonstrativos e planilhas, que identificam a adoção de práticas deslegais de comércio por parte da Argentina. Elas demonstram o desrespeito argentino sobre o acordo de quotas firmado entre os governos da Argentina e do Brasil.
CLIQUE AQUI para examinar a evolução das vendas de calçados gaúchos para a Argentina. Os dados são da ACI de Novo Hamburgo e foram solicitados pelo editor.
Fonte: Blog Polibio Braga
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