A edição de fevereiro da Revista do AviSite conversou com o pesquisador Arthur Gruber, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), sobre a publicação do artigo que descreve o transcriptoma de três das espécies mais importantes do agente causador da coccidiose: o Eimeria. Leia abaixo um trecho da reportagem:
Os pesquisadores Arthur Gruber e Alda Madeira, professores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) inovaram. Arthur e Alda são médicos veterinários e fazem parte de um grupo de pesquisa estabelecido em 1996 no Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP. Em 2005, o grupo se mudou para o Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, onde se encontra hoje.
Enquanto a maioria das equipes de pesquisa em Eimeria, o agente causador da Coccidiose Aviária, sequenciam o genoma do organismo, que contém uma grande quantidade de sequências que não codificam proteínas, o grupo da USP focou seus estudos diretamente nos RNAs mensageiros. E, assim, descreveu o transcriptoma de três das espécies mais importantes de Eimeria (E. acervulina, E. maxima e E. tenella).
Um artigo foi publicado no International Journal for Parasitology. O transcriptoma é um termo que se refere ao conjunto de genes transcritos por uma célula, tecido ou estágio de desenvolvimento de um parasita.
Além disso, o grupo da USP identificou a existência de um outro estágio importante que também é preciso conhecer: o oocisto. Arthur explica: “O oocisto liberado nas fezes das aves com Coccidiose não é capaz de infectar outras. Para isso, é necessário que sofra no ambiente um processo denominado esporulação, o qual depende de condições adequadas de oxigenação, umidade e temperatura”.
A partir dos dados gerados será possível identificar quais são esses genes e suas possíveis funções. “Esse conhecimento pode nos ajudar a desenvolver novos métodos de controle da Coccidiose no ambiente, visando inibir a esporulação e, portanto, reduzindo a carga infectante de um galpão de frangos”, afirma Arthur. Clique aqui para acessar o trabalho publicado pela equipe brasileira no periódico científico Internacional Journal of Parasitology.
Fonte: Avisite
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