terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Embrapa põe foco maior no trigo do cerrado
O programa de desenvolvimento do trigo sequeiro para a região do cerrado será retomado e passa a receber uma atenção especial dos pesquisadores da Embrapa a partir de agora.
O trigo irrigado já tem seu espaço na região, mas o sequeiro ainda exigirá muito trabalho dos pesquisadores envolvidos nesse programa.
Edina Moresco, pesquisadora que troca o Rio Grande do Sul pelo cerrado a partir de março, está confiante. É o caso do algodão, diz ela. Antes restrito ao Paraná e a São Paulo, a cultura vai bem nos Estados centrais e na Bahia devido ao desenvolvimento de novas variedades próprias para essas regiões.
O grande desafio será desenvolver uma variedade de trigo para um clima bastante quente, já que o produto é típico de regiões frias.
O calor, no entanto, pode ser um aliado dessa cultura, já que a produção estará isenta de várias doenças típicas de áreas frias e úmidas, segundo a pesquisadora.
O desenvolvimento de novas variedades ou a melhora de outras já existentes para essa região quente é importante porque o país se prepara para futuros problemas climáticos em áreas que hoje não têm problema com seca.
O trigo não vai ser o carro-chefe da produção de GRÃOS da região, mas será um grande aliado dos produtores. Será uma opção de rotação de cultura. O cereal pode ser semeado após a retirada da soja, o que ocorre neste período do ano, e em junho ou julho já estaria sendo colhido.
Além de obter uma renda maior, o produtor estará melhorando o solo com uma palhada maior.
Além disso, os pesquisadores da Embrapa vão investigar a importância da cultura do cereal no combate a doenças em outras culturas, como o nematoide na batata irrigada.
Moresco diz que, além de mais uma opção para os produtores, o trigo vai suprir a demanda de matéria-prima dos moinhos da região.
Fonte: Folha de S.P.
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