Para o analista de mercado Liones Severo, as compras de soja realizadas pela China no mês de Novembro estão dentro da normalidade. Ele explica que não há chance de o país importar menos, já que a China tem uma “estrutura muito grande de consumo e não existe nenhum cenário que possa mudar essa situação no curto, médio e longo prazos”, diz.
Na comparação com as importações do ano passado, porém, há diferença devido a uma antecipação feita pela China, em decorrência da ameaça de quebra de safra da Argentina naquela época. Mas que não deve ocorrer neste ano, pois o clima na América do Sul vai bem e espera-se, por isso, um comportamento normal do mercado.
Tanto que, neste mês, a China estaria comprando mais de cinco milhões de toneladas somente de soja brasileira. Assim, na visão do analista, o país deve substituir os Estados Unidos como maior exportador mundial da oleaginosa em breve. Ainda mais tendo em vista o déficit norte-americano de exportações, quatro milhões (em comparação com o ano passado).
Os números são prova disso: no mês de fevereiro, o Brasil deve embarcar 1,75 milhão de toneladas de soja, frente as 300 mil toneladas do ano passado. O aumento das vendas, por outro lado, tem como empecilho os gargalos de logística, que não permitem ao produtor brasileiro contar com grande expectativa de exportação, mesmo diante da grande necessidade de suprimento chinesa. As quantidades chegam a 900 mil navios Panamax por ano, sendo 90 desses somente em um mês, três por dia.
Com relação a preços da oleaginosa, Liones rebate rumores de que os chineses só compram soja abaixo do patamar de US$11,50/bushel na Bolsa de Chicago. Ele argumenta que tudo depende da capacidade de suprimento em relação ao consumo.
Fonte: Notícias Agrícolas
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