segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Renováveis: solidez para reduzir custo de financiamento
Um estudo da organização global de análise e consultoria da eficácia de políticas Climate Policy Initiative (CPI) aponta que o apoio a políticas sólidas de longo prazo é essencial para reduzir os custos de financiamento de projetos de energia renovável. A análise de seis projetos de energia renovável de grande escala nos Estados Unidos e na Europa revelou que políticas podem promover as maiores reduções nos custos de financiamento de projetos ao garantir uma base de receitas de longo prazo, oferecer uma certeza de receitas e reduzir as percepções de risco dos investidores.
A análise "Impactos de políticas sobre financiamento de renováveis" revelou que a duração da base de receitas que é menor em 10 anos (com um nível elevado de apoio para manter o interesse do investidor) aumenta os custos de financiamento de 11% a 15% do custo da eletricidade. Na comparação com uma base de receita de preço fixo, um prêmio sobre os preços de mercado, que garante os mesmos retornos a investidores de equidade, aumenta os custos de financiamento de 4% a 11% dos custos de eletricidade.
O CPI identificou maneiras específicas, nas quais as políticas afetaram o custo do financiamento desses projetos e fez uma estimativa da magnitude desses efeitos, ao definir modelos de uma variedade de cenários de políticas para cada projeto. "Nossa ferramenta de modelagem financeira quantifica o impacto de políticas específicas nos custos de financiamento", disse o diretor sênior para Pesquisa e Programas do CPI, David Nelson. "Essa ferramenta pode ajudar os formuladores de política a entender o impacto de suas decisões sobre política de energia renovável em projetos da vida real", declarou.
A pesquisa usou informações públicas disponíveis e estimativas do setor para analisar um conjunto de projetos maduros e inovadores de energia solar e eólica nos Estados Unidos e na Europa. Segundo a instituição norte americana, todos os projetos estudados exigiram o apoio de políticas para atrair investimento suficiente. Entretanto, os tipos de incentivos disponíveis para projetos americanos e europeus eram significativamente diferentes.
De acordo om o estudo, os projetos americanos utilizaram incentivos múltiplos e menores, em sua maioria provenientes de políticas de suporte a custos, tais como incentivos tributários. Os projetos europeus contaram, na maior parte, com políticas de suporte a receitas, sustentadas por contribuintes de tarifas, tais como feed-in-tariffs (FiT) e feed-in-premia (FiP).
Outra questão abordada pelo CPI explorou como projetos de energia renovável podem atrair capital de baixo custo. A pesquisa aponta que o risco inerente à construção e operação de projetos inovadores é de grande interesse para os investidores, sobretudo os provedores de empréstimos. Sem o financiamento de a longo prazo, os custos do projeto inovador americano de torres de energia solar estudadas teriam um aumento em torno de 38% do custo da eletricidade. O estudo sugere que políticas como empréstimos e garantias governamentais podem ajudar a remover essa barreira ao financiamento acessível.
De acordo com a pesquisa, os investidores institucionais investirão em projetos de energia renovável se tiverem conhecimentos para avaliar esses projetos, se lhes forem asseguradas certeza de receita e se estiverem protegidos contra riscos de políticas e de conclusão de projetos. O Climate Policy Initiative (CPI) é uma organização global de análise e consultoria da eficácia de políticas, financiada por George Soros.
Fonte: Agência Ambiente Energia
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