quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Fitch eleva ratings da Cosan




A Fitch Ratings elevou os ratings de probabilidade de inadimplência do emissor (IDRs) da Cosan e suas subsidiárias, refletindo "o fortalecimento do perfil de negócios da companhia, suportado pela maior diversificação de sua base de negócios em bases consolidadas, que deverá reduzir a volatilidade associada à indústria de açúcar e etanol".

Além disso, a Fitch acredita que a Cosan passará a operar com uma estrutura de capital mais conservadora, seguindo a conclusão da joint venture com a Shell e a consequente consolidação na Raízen.

Os IDRs em moeda local e estrangeira elevados da Cosan foram elevados de "BB" para "BB+", e o rating nacional de longo prazo, de "A+(bra)" para "AA-(bra)"; os IDRs em moeda local e estrangeira elevados e notas perpétuas da Cosan Overseas, elevados de "BB" para "BB+"; a Cosan Lubrificantes e Especialidades (CLE) teve o rating nacional de longo prazo elevado para "AA-(bra)" ante "A+(bra)", e os IDRs em moeda local e estrangeira elevados para "BB+".

A Fitch também atribuiu os IDRs em moeda local e estrangeira "BB+" à CCL Finance (CCL Finance) e à (Cosan Finance), ambas com observação positiva. A perspectiva dos ratings corporativos da Cosan, da Cosan Overseas e da CLE é Estável.

A agência de classificação de risco afirma que "continuará acompanhando o desenvolvimento da estratégia de negócios e financeira da Raízen, sobretudo o ambicioso plano de crescimento desta companhia e sua estratégia de financiamento, bem como sua estratégia em relação à integração das atividades de distribuição de combustíveis, que representam fatores importantes para os ratings e cujos detalhes ainda não foram totalmente disponibilizados".


Raízen

Na opinião da Fitch, com a Raízen, a Cosan representará "um negócio mais estável, com a maior participação de um fluxo de caixa das operações menos volátil, que deverá corresponder a cerca de 45% a 50% do Ebitda, em bases consolidadas, a partir do ano que vem".

Os principais fatores que contribuem para isto são o maior porte das atividades de distribuição de combustíveis, conclusão dos investimentos realizados no segmento de logística através da Rumo, que devem começar a gerar maior fluxo de caixa, e, em menor escala, a contribuição crescente dos demais negócios remanescentes no âmbito da Cosan, incluindo lubrificantes e especialidades, conduzidos através de um acordo com a Exxon Mobil.

A joint venture com a Shell, observa a Fitch, fortalece o perfil de negócios do segmento de distribuição de combustíveis, associado ao aumento do porte combinado e de sua participação de mercado, como terceira maior distribuidora de combustíveis no Brasil.


Capital

A Cosan também se beneficiará da injeção de capital de US$ 1,6 bilhão da Shell na Raízen (sendo que R$ 815 milhões já foram recebidos e o restante deverá ser recebido em junho de 2012 e junho de 2013) e do perfil pouco alavancado das atividades de distribuição de combustíveis.

A Raízen pretende atingir uma capacidade instalada de moagem de cana-de-açúcar de 100 milhões de toneladas até 2016, em comparação com aproximadamente 65 milhões de toneladas ainda este ano.

Considerando os atualmente elevados custos dos investimentos, o acesso a capital a condições competitivas será fundamental para viabilizar economicamente os novos projetos da Raízen. Em bases recorrentes, a Fitch acredita que a Shell e a Cosan serão capazes de capturar sinergias nos negócios de açúcar e etanol a médio prazo, o que deverá fortalecer ainda mais seu fluxo de caixa.

Fonte: Monitor Mercantil

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