Dólar bate R$ 1,77 no fechamento; Bovespa perde 0,48%

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,775 nas últimas operações desta quarta-feira, o que representa um avanço de 0,96% sobre o fechamento de ontem.

Para turistas, o divisa americana foi vendida por R$ 1,880 (estável) e comprada por R$ 1,700 nas casas de câmbio paulistas.

Ainda operando, a Bovespa registra perdas de 0,48%, aos 54.766 pontos (pelo índice Ibovespa). O giro financeiro é de R$ 3,9 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York retrocede 0,47%.

Há poucas horas do desfecho de mais uma reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o giro financeiro foi ainda menor que o baixo volume registrado ontem --pouco depois das 16h (hora de Brasília), o segmento da BM&F para negócios à vista com o dólar apresentava um volume inferior a um US$ 1 bilhão, ante uma média de US$ 2 bilhões ou mais no dia a dia.

Segundo profissionais do setor financeiro, o que prevaleceu hoje foram movimentos puramente especulativos, com alguns bancos puxando os preços da moeda para vender mais baixo amanhã, apostando na queda.

O mercado em peso acredita que o Banco Central vai ajustar os juros de 12% ao ano para 11,50%, um resultado que já foi bastante antecipado nas operações dos últimos dias.

Apesar da decisão surpreendente de agosto, quando o Banco Central optou por reduzir os juros básicos em um ponto percentual, em vez do corte esperado de 0,50 ponto percentual, a maioria não acredita que a autoridade monetária vai bancar uma segunda "surpresa".

Mas como sempre, essa opinião não é unânime: mesmo dentro do segmento financeiro há economistas que defenderam um corte mais robusto dos juros, entre 0,75 e 1 ponto percentual, mas seguiam como uma parcela minoritária até esta quarta-feira.

No segmento de juros futuros da BM&F, as taxas projetadas voltaram a cair, mostrando que o mercado mantém a avaliação de que não será a última redução da Selic neste ano. Para janeiro de 2012, a taxa prevista recuou de 11,14% ao ano para 11,12%. Para janeiro de 2013, o juro previsto passou de 10,45% para 10,44%. Esses números são preliminares e ainda estão sujeitos a ajustes.




Fonte: Folha Online