Bolsas acumulam altas na segunda semana de outubro Se por um lado a segunda semana de outubro foi marcada por uma agenda econômica fraca, por conta dos feriados no Brasil e Estados Unidos, o noticiário da crise européia tomou a maior parte da atenção dos investidores. As boas notícias levaram os índices acionários a fecharem o período acumulando ganhos. Entre os fatos positivos, destaque para o acordo firmado entre a Alemanha e França para garantir a saúde financeira dos bancos europeus. A notícia foi divulgada na segunda-feira e foi um dos principais fatores de ânimo para os mercados no decorrer dos dias. Também nesta semana, Malta e a Eslováquia aprovaram a ampliação do fundo europeu de ajuda aos países com dificuldade. O parlamento eslovaco chegou a barrar a proposta, mas após a queda da primeira-ministra, chegou a um acordo a ratificou o novo FEEF. Na sexta-feira, o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi conseguiu com parlamento de seu país a aprovação do voto de confiança. O premier afirmou aos deputados que é a única alternativa para tirar a Itália da crise. Cenário Externo Com o feriado de segunda-feira nos EUA (Dia de Colombo), os principais dados econômicos foram divulgados apenas na quinta-feira. Foi o cada dos novos pedidos de auxílio-desemprego, que recuaram para 4040 mil na semana passada, em relação ao período anterior. As informações são do Departamento de Trabalho do país. Além disso, a balança comercial americana registrou em agosto déficit de US$ 45,6 bilhões, de acordo com relatório do Departamento de Comércio do país. O resultado ficou próximo da expectativa, já que o mercado estimava saldo negativo de US$ 46 bilhões. Na sexta-feira, destaque para os preços dos importados, que no mês de agosto, registraram um avanço de 0,3%, contra a expectativa do mercado de -0,5%. Os números foram divulgados pelo Departamento de Comércio. Os dados de agosto foram revistos para queda de 0,2%. Além disso, as vendas no varejo norte-americanas dispararam 1,1% em setembro, a maior alta em sete meses, impulsionadas pelo aumento de consumo de automóveis, roupas e móveis residenciais. As informações são do Departamento de Comércio do país. Destaque ainda para a Confiança do consumidor dos EUA, que registrou em outubro queda para 57,5 pontos. O resultado veio abaixo do esperado, de 60 pontos. Em setembro, a confiança ficou em 59,4 pontos. Neste cenário, o Dow Jones acumulou ganhos de 4,9% aos 11.644 pontos, enquanto o S&P 500 somou 6,00% aos 1.224,58 pontos. Confira os gráficos: Cenário Interno O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 0,45%, no primeiro decêndio do mês de outubro. Para o mesmo período de apuração do mês anterior, a variação foi de 0,43%. Já o IPC-S de 07 de outubro apresentou variação de 0,50%, resultado idêntico ao divulgado na apuração anterior. Nesta apuração, os grupos Despesas Diversas (0,29% para 0,40%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,51% para 0,57%), Habitação (0,65% para 0,69%) e Vestuário (0,93% para 0,95%) registraram acréscimo em suas taxas de variação. Além disso, a balança comercial brasileira teve saldo positivo de US$ 572 milhões na primeira semana de outubro, com as exportações atingindo US$ 5,4 bilhões. Com isso, no acumulado do ano, superávit é de US$ 23,6 bilhões. O comércio varejista do país apresentou variação de -0,4% para o volume de vendas e 0,3% para a receita nominal, na relação mês/mês anterior com ajuste sazonal, indicando uma desaceleração no setor, com o segundo resultado negativo do ano (o primeiro foi em abril) resultando na interrupção de um trimestre de crescimento em volume de vendas e a menor taxa positiva de receita nominal registrada em 2011. Já o emprego industrial avançou 0,4% em agosto de 2011 frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após mostrar variação negativa de 0,1% em junho e em julho. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral assinalou variação positiva de 0,1% na passagem dos trimestres encerrados em julho e agosto e permaneceu com o quadro de estabilidade verificado desde setembro do ano passado. Com isso, o Ibovespa teve alta nos quatro dias úteis da semana, encerrando com avanço de 7,4% aos 55.030 pontos. Confira o gráfico, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana: As maiores altas da semana ATIVO CÓDIGO ÚLTIMO VARIAÇÃO GAFISA GFSA3 5,90 16,14% MARFRIG MRFG3 7,23 14,76% PDG REALT PDGR3 7,16 14,56% CYRELA REALT CYRE3 13,54 14,07% JBS JBSS3 4,11 13,22% As maiores baixas da semana ATIVO CÓDIGO ÚLTIMO VARIAÇÃO PORTX PRTX3 1,90 -6,86% Mais negociadas da semana ATIVO CÓDIGO ÚLTIMO VOLUME SEGMENTO VALE VALE5 R$ 41,18 2.186.457.792,00 Minerais Metálicos PETROBRAS PETR4 R$ 19,64 1.412.479.008,00 Exploração e/ou Refino ITAUUNIBANCO ITUB4 R$ 31,40 1.075.039.712,00 Bancos OGX PETROLEO OGXP3 R$ 12,35 914.496.032,00 Exploração e/ou Refino BRASIL BBAS3 R$ 23,69 874.125.248,00 Bancos Dólar: O dólar manteve nesta semana sua nova tendência de desvalorização, com a menor procura pela divisa e uma maior entrada de capital estrangeiro não país. No entanto, os investidores buscam aplicações mais rentáveis e de maior risco, contribuindo para a desvalorização da divisa. Em quatro dias de negócios, o dólar caiu 2,0% a R$ 1,7310. Confira o gráfico: Enfoque Informações Financeiras http://www.enfoque.com.br
Fonte: Enfoque
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