Presidente da EPE defende que país construa novas usinas nucleares

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, defendeu nesta quarta-feira (28) a manutenção pelo Brasil de investimentos em novas usinas nucleares.

De acordo com Tolmasquim, o país tem hoje várias opções para ampliar a oferta de energia elétrica utilizando fontes renováveis (hidrelétrica, eólica, biomassa). Entretanto, apontou ele, no futuro a energia nuclear pode ser necessária, já que a capacidade de investimento nessas fontes renováveis vai se esgotar.

"O Brasil tem muitas opções hoje na área energética. Mas os investimentos nas usinas nucleares são importantes para ajudar o país a manter o domínio dessa tecnologia", disse Tolmasquim durante audiência pública no Senado.

O Brasil planeja construir quatro novas usinas nucleares até 2030, mas ainda não há decisão sobre o início das obras. Atualmente o país tem duas usinas em funcionamento (Angra 1 e 2) e uma terceira (Angra 3) em construção.
Térmicas
Tolmasquim disse que o governo não vai abrir mão nos leilões futuros de usinas térmicas a carvão, conhecidas por serem mais poluidoras. Segundo ele, este tipo de investimento "tem o seu papel", já que os empreendimentos baseados em fontes renováveis podem enfrentar problemas - como a seca, que afeta as hidrelétricas.

Entretanto, afirmou ele, a legislação brasileira determina que os empreendimentos a base de fontes renováveis terão preferência nesses leilões futuros e, por isso, as térmicas a carvão dificilmente terão espaço até 2020.


Fonte: Portal G1