Moagem de cana do centro-sul cai 11% até 1/9

A moagem de cana-de-açúcar do centro-sul do Brasil na safra 2011/12 somou 338,1 milhões de toneladas até 1o de setembro, uma queda de 11 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, informou nesta segunda-feira a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

Segundo o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, "há cinco quinzenas o processamento de cana no Centro-sul gira em torno de 40 milhões de toneladas". Ele acrescentou que se este ritmo for mantido, a safra deve terminar em meados de novembro em grande parte da região produtora.

De acordo com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), a produtividade agrícola do canavial em agosto foi de 66,6 toneladas de cana por hectare, contra 79,4 toneladas por hectare registrado no mesmo mês de 2010.

Desde o início da safra até 1o de setembro, a produtividade média ficou em 72,4 toneladas de cana por hectare, contra 89,4 toneladas no ano passado.

Na segunda quinzena de agosto a moagem de cana totalizou 40,484 milhões de toneladas, recuando 3,76 por cento ante a temporada anterior.

Nesse mesmo período, a quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar atingiu 149,97 kg, registrando queda de 5,80 por cento em relação ao valor observado em 2010.

A produção de açúcar caiu um pouco menos que a moagem em período similar de comparação, registrando uma baixa de 9,4 por cento, para 20,4 milhões de toneladas. Na última quinzena de agosto a produção de açúcar ficou praticamente estável, recuando 0,08 por cento contra as 2,961 milhões de toneladas produzidas em 2010/11.

Já a produção de etanol (anidro e hidratado) caiu 18,6 por cento, para 13,8 bilhões de litros até 1o de setembro, disse a Unica. Nos últimos quinze dias de agosto a produção de etanol foi de 1,736 bilhão de litros, 17,97 por cento abaixo da última temporada, quando foram produzidos 2,116 bilhões de litros.

A produção de etanol anidro, que é misturado à gasolina, teve incremento de 16,6 por cento no período do ano até 1o de setembro, 5,234 bilhões de litros.


Fonte: Reuters