segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Incerteza econômica derruba as commodities
As commodities voltaram a registrar forte queda ontem no mercado externo. Dólar elevado, que torna os produtos mais caros, e a previsão de demanda menor, devido à desaceleração econômica, empurram os preços de alimentos, metais e petróleo para baixo.
A efetivação dessa tendência de queda pode não ser confirmada nas próximas semanas. Os problemas financeiros podem não ter efeito tão grande na vida real, principalmente no consumo de alimentos. A queda mais forte se mostra em Nova York, por negociar produtos mais suscetíveis a consumo nos períodos de crises econômicas. Nos últimos sete dias, o preço do café caiu 9%, enquanto o açúcar ficou 13% mais barato. O algodão, que já vinha perdendo valor por ter atingido patamares recordes, caiu 12%.
Em Chicago, o trigo lidera as quedas, com recuo de 9% em sete dias, seguido do milho, que recuou 7%. Com a aceleração das quedas dos produtos agrícolas, vários deles já são negociados por preços inferiores aos de há um ano. O trigo, cujos estoques mundiais subiram com a elevação de produção, já é negociado a 12% abaixo dos valores de setembro de 2010. O milho, devido à queda de produtividade nos Estados Unidos e aos baixos estoques, ainda mantém preços 29% superiores aos de há um ano.
Em Nova York, cacau e algodão também já são negociados com preços inferiores aos de setembro do ano passado. Oaçúcar, com taxa ainda positiva, caminha para valores próximos aos de 2010. A queda de preços dos metais, devido às estimativas de retração econômica, supera a dos alimentos. O cobre caiu 5% em Londres ontem, acumulando perda de 12% nos últimos sete dias. O petróleo, também suscetível ao ritmo da economia, recuou 6,3% ontem em Nova York. O barril foi negociado a US$ 80,51.
Mauro Zafalon
Fonte: Folha de S. Paulo
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