Governo marca para 2012 novo leilão que inclui eólicas

Pelo menos dois leilões que incluirão a venda de energia eólica serão realizados no Brasil até o primeiro trimestre de 2012, abrindo perspectivas de que novos projetos sejam viabilizados no Rio Grande do Norte, um dos estados de maior destaque no setor. O Ministério de Minas e Energia, que já havia anunciado um dos leilões para o dia 20 de dezembro deste ano, confirmou ontem o segundo para 22 de março do próximo ano. Em ambos, há a previsão de participação também de termelétricas a biomassa ou a gás natural, além de hidrelétricas.

Os empreendedores que pretendiam incluir projetos de geração no Leilão "A-5", de dezembro, tiveram até o último dia 20 para requerer o Cadastramento e a Habilitação Técnica dos respectivos projetos à Empresa de Pesquisa Energética - EPE. No caso do leilão de março de 2012, o cadastramento pode ser feito até o dia 21 de novembro de 2011.

As regras do leilão de 2012 foram publicadas ontem no Diário Oficial da União. Serão negociados contratos na modalidade por disponibilidade, com prazo de 20 anos, para empreendimentos de fontes eólicas e termelétricas a biomassa ou a gás natural, e na modalidade por quantidade, com prazo de suprimento de 30 anos, para empreendimentos hidrelétricos. Os projetos vencedores terão de iniciar o suprimento de energia elétrica a partir de 1º de janeiro de 2015. os que vencerem no leilão de dezembro deste ano iniciarão o suprimento em 1º de janeiro de 2016. Mais informações sobre os dois certames podem ser obtidas no site da EPE: www.epe.gov.br.


LEILÃO ANTERIOR

O último leilão de energia realizado no país foi o A-3, em agosto. Na ocasião, foram comercializados 1.543,8 megawatts médios (MWmed) de 51 usinas, sendo uma hidrelétrica (Jirau), 44 eólicas, duas usinas termelétricas a gás natural e quatro a biomassa.

Durante o leilão, o Rio Grande do Norte perdeu oficialmente um status que vinha mantendo nos últimos dois anos: o de líder em vendas em leilões federais, realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O estado emplacou na ocasião um total de 17 projetos e 458,2 Megawatts (MW) de energia oriunda deles, 23% do total que havia habilitado para a disputa. Com o resultado, ficou em segundo lugar em megawatts e em terceiro em total de projetos. A primeira posição que conquistou nos leilões de 2009 e 2010 foi abocanhada desta vez pelo Rio Grande do Sul, uma mudança que, na prática, fará o RN ter de esperar mais para viabilizar os empreendimentos e, por consequência, os investimentos e novos empregos esperados com a implantação e operação deles. É daí que vem a importância dos novos leilões: eles trazem a possibilidade de tornar essa espera mais curta.

Fonte: Trinua do Norte