quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Dólar fecha a R$ 1,72 e renova taxa máxima do ano; Bolsa sobe 1,34%
A taxa de câmbio doméstica bateu novamente o maior patamar do ano, voltando a preços não vistos desde novembro do ano passado. Desde 30 de agosto --data da última queda das cotações da divisa americana-- o dólar já ficou 8,5% mais caro. Em 2011, esse aumento é de somente 3,5%.
Em seu décimo dia consecutivo de alta, o dólar comercial chegou a ser negociado por R$ 1,740 por alguns poucos minutos, logo cedendo para R$ 1,724 (alta de 0,58%) nas operações finais desta quarta-feira. Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,840 e comprado por R$ 1,660 nas casas de câmbio paulistas.
A Bovespa fechou em alta de 1,34%, aos 56.286 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,447 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York avança 2,37%.
Por enquanto, parece haver um relativo consenso nas mesas de operações de que a taxa ainda pode chegar a R$ 1,75 no curto prazo, antes de experimentar uma queda mais significativa.
A crise europeia, e o medo de que a Grécia anuncie um "default" (calote), assustam os agentes financeiros.
Se uma parcela dos investidores acredita que as autoridades europeias "no último minuto" vão chegar a alguma solução para evitar o pior cenário, e por esse motivo tem renovado suas apostas nas Bolsas de Valores, outro grupo tem corrido para o dólar, o habitual refúgio em momentos de incerteza.
"O mercado ainda tem muitas incertezas sobre essa crise, e há a impressão de que não será ainda nesta semana que vamos ver alguma solução", comenta Vanderley Muniz, sócio-diretor da corretora de câmbio Onnix.
Esse profissional observa que algumas operações de pouca monta já conseguiram mexer com os preços. Ele também, até o momento, não observou um momento maciço de exportadores no sentido de trazer dólares para o país de modo a aproveitar a alta das taxas. "Acho que boa parte [dos exportadores] ainda está esperando [um preço mais alto]", acrescenta.
JUROS FUTUROS
No mercado futuro de juros da BM&F, as taxas projetadas voltaram a subir com força nos contratos de prazo mais longo. Para janeiro de 2013, o juro previsto avançou de 10,72% para 10,78%. Para janeiro de 2012, no entanto, a taxa projetada foi mantida em 11,36%.
Esses números são preliminares e ainda estão sujeitos a ajustes.
Fonte: Folha Online
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