terça-feira, 20 de setembro de 2011

Bovespa modera perdas e dólar vale R$ 1,78 perto do fechamento



A cotação da moeda americana segue pressionada no mercado de câmbio doméstica: perto das 16h (hora de Brasília), o dólar comercial é negociado por R$ 1,781, em alta de 2,76% na rodada de negócios desta segunda-feira.

Já a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), que chegou a cair cerca de 2% pela manhã, modera o ritmo de perdas: no mesmo horário o índice Ibovespa retrocede 0,32%, batendos os 57.014 pontos. O giro financeiro é de R$ 8,81 bilhões, inflado pelo vencimento de opções (derivativos financeiros) deste mês.

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Na Europa, as principais Bolsas de Valores encerraram os negócios com perdas entre 2% (Londres) e 3% (Paris).

A influente Bolsa de Nova York, ainda operando, registra queda de 1,47%.

A crise europeia ainda é a grande preocupação de investidores e analistas, tendo a Grécia por foco . Às voltas com uma severa crise financeira, o país mediterrâneo é visto como um dos mais sérios candidatos a anunciar um 'default' (suspensão de pagamentos) no curto prazo, o que poderia provocar vários problemas para o sistema financeiro europeu.

Hoje, o ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, declarou que seu país deve ser obrigado a tomar 'decisões de caráter histórico', e ressaltou os desafios para cumprir as metas orçamentárias e fiscais para este ano e 2012.

O representante permanente do FMI (Fundo Monetário Internacional) em Atenas, Bob Traa, disse por sua vez que a recessão seguirá afetando a Grécia durante 2012, pelo quarto ano consecutivo, mas a um ritmo mais lento, e a recuperação virá apenas em 2013.

No fim de semana, o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, cancelou uma visita planejada aos Estados Unidos para tratar do aprofundamento da crise no país, dias antes de inspetores internacionais chegarem para averiguar as contas gregas.

Mas esforços das principais lideranças políticas da Europa em garantir apoio à nação grega, mantendo o país na zona do euro, não tranquilizam os mercados.

Muitos economistas veem com temor a deterioração dos indicadores econômicos e das contas públicas da nação que poderia se tornar a protagonista de um novo momento "Lehman Brothers" (banco americano cuja quebra detonou a pior fase da crise de 2008), na ótica dos mais pessimistas.

Fonte: Folha Online

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