A trégua nos mercados internacionais registrada nos primeiros dias da semana passada foi rompida na quinta-feira com as bolsas mundiais em queda livre. Na sexta-feira, o movimento se repetiu. E as commodities agrícolas refletiram fortemente esse mau humor: o preço do suco de laranja caiu 2,4% em Nova York; o trigo, com queda de 2,7%, e o milho, com baixa de 1,76%, foram os destaques negativos em Chicago, ficando atrás apenas do petróleo, que teve retração de 5,9% na quinta-feira.
O mesmo tinha acontecido na semana anterior, quando as bolsas tiveram seguidas quedas e os alimentos acompanharam o movimento. Na semana passada, a tendência se reverteu, e os preços se recuperaram no mercado internacional. Essa ciranda comprova aquilo que especialistas do setor agropecuário vêm repetindo desde quando o sentimento da proximidade de uma nova recessão mundial se instalou nos mercados: o agronegócio brasileiro deve faturar menos que o previsto este ano, mas nada indica que os volumes de exportação sofrerão algum declínio considerável.
A demanda por alimentos é crescente e vem de todos os pontos do planeta, com destaque para a Ásia, cujo apetite aumenta no mesmo ritmo do seu crescimento populacional. E a China pilota esse crescimento na busca pelos produtos agropecuários. Exemplo disso é o potencial de maiores importações de carne suína pelos chineses que está atraindo a atenção de grandes exportadores, incluindo os EUA, uma vez que os preços do produto chinês insistem em subir. O País vai continuar a ver altos preços de carne suína nos próximos meses do ano, de acordo com o diretor do instituto de desenvolvimento e economia agrícola chinês, Wang Jimin.
Semana passada os preços de carne suína no atacado da China subiram 0,1% em comparação com os da semana anterior, depois de ficar três semanas consecutivas com preço de estável a mais baixo. Os preços do produto cresceram 57% ao ano em julho.
Nos primeiros seis meses deste ano, os Estados Unidos exportaram 56,325 mil toneladas de carne suína à China, o que corresponde a 16 vezes mais do que no ano anterior. Os produtores brasileiros estão de olho também no mercado do Pacífico que envolve outros grandes consumidores, como a Indonésia.
Fonte: DCI
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