sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Petrobras cogita aumentar fatia em empresas de etanol




O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse hoje que a companhia pode aumentar a participação societária em empresas produtoras de etanol no país. Segundo o executivo, esta seria uma estratégia, atrelada à possibilidade construção de plantas próprias de produção, para ampliar a participação 5,3% para 12% na produção nacional de etanol até 2015.

O executivo citou três empresas em que a estatal tem participação: São Martinho, Total e Guarani. Gabrielli disse, inclusive, que a São Martinho vai anunciar hoje ´alguma coisa positiva na área de etanol´. Ele não deu detalhes ao alegar que empresa mencionada tem ações em bolsa e somente poderia comentar após o fechamento do mercado.

´Temos participação na São Martinho e na Guarani, também na Total. Podemos aumentar essa participação em outras áreas, podemos ampliar os investimentos nestas duas empresas e podemos construir plantas novas da Petrobras. Todas estas possibilidades existem´, disse Gabrielli ao sair de audiência pública na Câmara dos Deputados.

Segundo Gabrielli, os reforços na produção de etanol são importantes para estabilização do preço da gasolina. Ele responsabilizou os problemas climáticos de 2008 que comprometeram a plantações de cana-de-açúcar no Brasil e na Índia, principais produtores mundiais de etanol e açúcar, pela elevação do preço da gasolina. Esta situação elevou a demanda do país por gasolina no ano passado em 19%.

Ao ser questionado sobre as medidas para estocagem, Gabrielli classificou a necessidade de formação de estoque para regular o mercado é um problema secundário. ´O grande problema não é a estocagem, mas a quantidade de cana produzida´, afirmou.

Para o presidente da Petrobras, as novas refinarias previstas para serem concluídas em 2017 não vão garantir a autossuficiência na produção de gasolina, suprindo apenas as demandas de diesel e querosene de avião. Somente as refinarias que serão concluídas em 2019 poderão garantir a produção de gasolina pura (sem álcool na mistura) capaz de atender o mercado interno em 2020 - quando de dois terços a três quartos da frota de veículos terá motores abastecidos aálcool e gasolina (motor). Ainda assim, Gabrielli ressaltou que este plano somente poderá ser cumprido se não houver problemas na produção de cana-de-açúcar.


Fonte: Valor Online

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