quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Grãos: Tratamento de sementes tem baixo custo


Para melhorar cada vez mais a qualidade das sementes, o uso de técnicas como tratamento, peliculização, peletização e incrustação tem sido adotado cada vez mais pelos produtores rurais. Além de garantir um bom estande de sementes, esses métodos não pesam no bolso do produtor e chegam a custar até 0,1% do custo de produção, como é o caso da cultura do milho. No entanto, é preciso adotar, além das técnicas, sementes de qualidade. O tratamento e o recobrimento de sementes é um dos temas do Congresso Brasileiro de Sementes, realizado no Centro de Convenções de Natal, no Rio Grande do Norte, entre os dias 15 e 18 de agosto.

Segundo Ademir Henning, pesquisador da Embrapa Soja, normalmente, o tratamento das culturas, principalmente de soja, milho e trigo se dá com fungicidas para proteger a semente no solo. Usa-se ainda misturas com inseticidas para controlar insetos e micronutrientes, como cobalto e molibdênio, no caso do feijão, e polímeros.

Normalmente, o tratamento é feito na propriedade pelo produtor rural. Existem máquinas específicas para tratar sementes. O rendimento é de 60 ou 70 sacos por hora e essa máquina pode ir ao campo. No entanto, hoje o chamado tratamento industrial tem ganhado espaço - afirma o pesquisador.

Nesse sistema, Henning explica que após o beneficiamento na unidade de sementes da empresa, a semente passa pelo tratamento, é ensacada e vendida tratada. Portanto, existem dois tipos de tratamento: em nível de produtor e em nível de Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS).

O tratamento é a incorporação de produtos, como fungicidas e inseticidas, na semente. O recobrimento abrange várias técnicas. A mais utilizada delas é a chamada peliculização, ou seja, o envolvimento da semente por uma fina camada de polímero e outros materiais sem alterar o tamanho da semente. Então, é possível aplicar fungicidas, inseticidas e fazer a peliculização - conta.

O pesquisador diz que existem outros tipos de recobrimento, como a peletização. De acordo com ele, esse método tem sido muito usado em sementes pequenas de hortaliças, como alface e cenoura, por exemplo, para aumentar o peso e o volume. Essa técnica consiste na aplicação de pós e líquidos em camadas, podendo também agregar produtos.

O terceiro tipo de recobrimento é a chamada incrustação, ou seja, aumentar o volume da semente. Se essa semente possui um formato desuniforme, por exemplo, e o produtor deseja padronizá-la para melhorar a semeadura, ele precisa tornar toda ela uniforme - diz.

Na sojicultura, como conta Henning, o método mais usado é a aplicação de fungicida, inseticida e polímero. Já em sementes de cenouras e hortaliças, onde o objetivo é aumentar o tamanho, é usada a técnica da peletização ou da incrustação. Já quando o assunto é o custo da técnica, o pesquisador afirma ser baixo.

O pequeno produtor, por exemplo, pode fazer o tratamento em um tambor giratório. O grande produtor pode comprar uma máquina para fazer o procedimento. Portanto, o investimento depende do tamanho da propriedade. Já o custo em produtos, no caso da soja, gira em torno de 0,5% do custo de implantação da lavoura. Na cultura do milho, é de aproximadamente 0,1%. Por isso, pela garantia de um bom estabelecimento da lavoura, o custo não é alto. No entanto, é importante deixar claro que o produtor só deve fazer uso de tratamento em sementes de boa qualidade - orienta.

Fonte: Midia News

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