Dólar fecha estável a R$ 1,591; Bovespa mantém queda

O dólar fechou praticamente estável nesta terça-feira, dia em que os mercados acionários voltaram a cair por conta das incertezas sobre as economias da Europa.
O dólar comercial foi negociado por R$ 1,592, na venda, em alta de 0,06% no dia. A moeda chegou a cair para R$ 1,586 ao longo do dia. Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,700 e comprado por R$ 1,530 nas casas de câmbio paulistas.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) cai 0,65%. Nos EUA, o Dow Jones tem baixa de 0,67%.
"O dólar abriu um pouco mais alto hoje por causa da expectativa da reunião de [Nicolas] Sarkozy e [Angela] Merkel", afirmou Felipe Pellegrini, gerente da mesa de operações do banco Confidence.
A expectativa era de que os líderes de França e Alemanha pudessem anunciar novas medidas para lidar com a crise de endividamento na Europa.
Após o encontro, o presidente francês e a chanceler alemã afirmaram que planejam instaurar um imposto comum sobre transações financeiras e um governo conjunto de política econômica para conter a crise. Mas não propuseram aumentar o fundo de ajuda aos países da região ou vender títulos da zona do euro.
De acordo com analistas, os investidores viram nos comentários pouca coisa que efetivamente resultaria em uma solução para o problema, que já afeta a região há mais de um ano. Isso fez com que as Bolsas de Valores mantivessem a queda apresentada desde o início da sessão.
"O mercado está passando por um momento de instabilidade, e isso deve manter os investidores atento nos próximos dias. Não descarto a possibilidade de novas altas, mas não dá para dizer que houve uma reversão de tendência do dólar, que ainda é de queda", afirmou Pellegrini.
Ele ressaltou, porém, que essa desvalorização da moeda depende da falta de notícias ruins vindas dos EUA e da Europa. "Se não vier notícia ruim, o natural é que ainda caia um pouco."
JUROS FUTUROS
No mercado futuro de juros, os contratos de curto prazo fecharam estáveis, mas ainda mostrando uma possível queda da taxa Selic no Brasil.
No contrato para outubro de 2011, a taxa ficou em 12,37%. No vencimento de janeiro do ano que vem, a taxa projetada foi de 12,29%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa ficou em 11,87%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

Fonte: Folha Online