segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Commodities Agrícolas



Oferta preocupa A revisão das estimativas para a produção de cana-de-açúcar no Brasil refletiu-se nos preços do açúcar em Nova York. Ontem, os contratos para entrega em março subiram 57 pontos, a 26,89 centavos de dólar por libra-peso. De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a região Centro-Sul vai colher uma safra de 510 milhões de toneladas, 4,4% menor do que a estimada em julho. "É um dado percebido como positivo para o mercado", disse Jeff Bauml, analista da R.J. O´Brien & Associates, à agência Bloomberg. Os preços do açúcar acumulam alta de 54% nos últimos 12 meses, em grande parte impulsionados pela preocupação com o tamanho da safra brasileira. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq caiu 0,10%, a R$ 68,75 por saca de 40 quilos.

Correção de mercado Os preços do café tiveram um dia de forte reação no mercado futuro de Nova York ontem. Os contratos de arábica para entr ega em dezembro fecharam em alta de 570 pontos, cotados a US$ 2,4405 por libra-peso. Segundo analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, a commodity foi puxada por compras de torrefadoras, que voltaram ao mercado depois que as cotações recuaram para o patamar mais baixo em seis meses e meio nesta semana. Dados sobre a oferta também tiveram influência. Ontem, a Federação dos Produtores de Café da Colômbia cortou em 5,3% sua estimativa para a safra deste ano, para 9 milhões de sacas, com as lavouras afetadas pelo clima desfavorável pelo quarto ano seguido. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq subiu 2,45%, a R$ 456,42 por saca.

Alta "climática" Os preços futuros do suco de laranja congelado e concentrado tiveram ontem a maior alta em sete semanas na bolsa de Nova York. Os contratos para entrega em novembro fecharam com valorização de 430 pontos, cotados a US$ 1,5705 por libra-peso. Segundo analistas ouvidos pela Bloomberg, o mercado foi influenciado pela formação de tempestades tr opicais a caminho da Costa Leste dos Estados Unidos, onde se concentra a segunda maior produção mundial de laranjas. O suco vem de uma sequência de seis pregões em queda, período no qual sofreu uma desvalorização de 21% - a maior desde 1970. A preocupação com a demanda tem pressionado a commodity. Em São Paulo, a laranja pera ao produtor subiu 0,68%, a R$ 10,37 por caixa, segundo o Cepea/Esalq.

Produção maior A previsão de maior colheita de algodão para os Estados Unidos na safra 2011/12 fez os futuros da pluma recuarem com força ontem na bolsa de Nova York. Os papéis com vencimento em dezembro fecharam o pregão a 96,52 centavos de dólar por libra-peso, queda de 128 pontos. Ontem, a despeito da seca em regiões produtoras americanas, o Departamento de Agricultura (USDA) revisou para cima a previsão de colheita. O órgão prevê agora uma produção de 18,3 milhões de toneladas, ante as 17,6 milhões previstos em julho. Com isso, os estoques finais sobem para 3,6 milhões de toneladas, ante os 3,3 milhões previstas mês passado. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a pluma registrou queda de 1,43%, para R$ 1,7785 por libra-peso.




Fonte: Valor Econômico

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