quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Bovespa fecha em alta de 2,57% seguindo valorização nos EUA
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) terminou a terça-feira em alta depois de três sessões consecutivas de desvalorização, impulsionada pela nos mercados no exterior e pela procura dos investidores por ações baratas. Nem mesmo o terremoto de 5,9 de magnitude que atingiu a Costa Leste dos EUA foi suficiente para prejudicar o bom dia nas Bolsas.
O Ibovespa, o termômetro dos negócios da Bolsa paulista, subiu 2,57%, atingindo os 53.786 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,75 bilhões.
O dólar comercial foi negociado por R$ 1,600, na venda, em queda de 0,31%. A moeda chegou a cair para R$ 1,596 ao longo do dia. Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,710 e comprado por R$ 1,540 nas casas de câmbio paulistas.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones teve alta de 2,97%. O Nasdaq, dominado pelo setor tecnológico, subiu 4,29%, enquanto o índice ampliado Standard & Poor's 500 registrou valorização de 3,42%.
Com os operadores aproveitando a oportunidade de comprar ações com preço atraente após a queda dos últimos dias, alguns papéis se destacaram na Bolsa doméstica hoje. As "blue chips" --as mais negociadas da Bolsa-- Vale e Petrobras subiram 3,32% e 2,59%, respectivamente (ações preferenciais).
Usiminas PN teve valorização de 6,29%, enquanto TAM PN subiu 7,89% e Natura ON fechou com elevação de 7,32%.
Os investidores ao redor do mundo se animaram após dados melhores que o esperado sobre as economias europeia e chinesa, enquanto ainda operam na expectativa do discurso do presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA), Ben Bernanke, na sexta-feira.
A esperança dos mercados é que Bernanke anuncie novas medidas para lidar com a fraqueza da economia norte-americana. Hoje, dados mostraram que as vendas de casas novas no país caíram 0,7% em julho, para um índice anual ajustado de 298 mil, o menor desde fevereiro.
O indicador é o último de uma série de relatórios desencorajadores sobre a economia dos EUA. Os investidores, porém, veem a divulgação como um estímulo à adoção de novas medidas pelo Fed.
Além disso, relatórios sobre o setor industrial da China e a atividade dos negócios na Alemanha apontaram crescimento fraco, mas não tão ruim quanto as expectativas.
"Mas a volatilidade deve continuar nesta semana, especialmente na sexta-feira", afirmou Clodoir Vieira, economista da corretora Souza Barros. O discurso de Bernanke acontecerá na conferência anual do Fed em Jackson Hole, Wyoming.
Alguns esperam que o presidente do BC norte-americano poderia revelar medidas para reavivar a fraca economia dos EUA, embora seja mais provável que ele anuncia ações graduais, o que poderia desapontar aqueles que esperam por algo maior, como uma terceira rodada do programa de compra de títulos conhecido como QE (quantitative easing).
Fonte: Folha Online
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