sexta-feira, 29 de julho de 2011
Cultura da cana evita êxodo rural
A cana-de -açúcar, cultura tradicional de Pernambuco, move o agronegócio e influencia a indústria e o comércio dos municípios que compõem a Região Metropolitana de Recife. Com o plantio concentrado na faixa litorânea, como acontece em todo o Nordeste, e um parque de 22 usinas de açúcar e etanol, das quais sete instaladas em um raio de até 30 quilômetros da capital, o agronegócio sucroalcooleiro tem participação importante no nível de emprego e renda da região.
O próprio pólo de Suape tem origem na indústria da cana, porque muitas empresas do complexo industrial e portuário de Suape, como Gerdau e Dedini, se instalaram ao longo do tempocomo fornecedoras das usinas. E é pelo Porto de Recife que o setor escoa a sua produção de açúcar e álcool, tanto para o mercado interno como para exportação.
"A região metropolitana gravita muito em torno da cana", diz Renato Cunha, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar).
As usinas movimentam também o comércio de bombas hidráulicas, chapas, vigas, cantoneiras, rolamentos e pneus para tratores e caminhões utilizados pela indústria da cana.
Além disso, a produção de açúcar está atraindo várias fábricas de doces e massas para o polo de Suape e, no futuro agronegócio poderá fornecer biodiesel para refinarias do complexo.
O pagamento semanal dos trabalhadores das usinas contribui para a grande movimentação das feiras nas cidades da Zona da Mata de Pernambuco, localizada a 60 quilômetros de Recife. "A cultura da cana retém a mão de obra no campo, e com isso, evita o êxodo para os grandes centros", diz Cunha.
Segundo do Sindaçúcar, como o nível de mecanização é baixo por causa da topografia, que alterna áreas planas com áreas acidentadas, são necessários 5,8 homens para produzir mil toneladas de cana, Em outras regiões o mesmo resultado é obtido com até 1,5 trabalhador. Assim a produção do Nordeste responde por cerca de 12% do total nacional, enquanto emprega 35% da mão de obra que trabalha com a cultura no país.
Fonte: Valor Econômico
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