A utilização do plantio direto é a melhor alternativa para que o agricultor supere as limitações climáticas para o plantio da soja e na sequência do milho safrinha em sua propriedade. A avaliação foi feita pelo engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Rodrigo Arroyo Garcia, durante palestra no Showtec, em Maracaju (MS).
Garcia diz que quando o sistema começou a ser adotado pelos produtores sul-mato-grossenses que o grande problema era a falta de versatilidade da soja decorrente das exigências por hora luz e que, consequentemente, a oleaginosa era cultivada em uma época em que a distribuição de chuvas era ótima, mas a produção de milho sofria uma limitação.
“Depois a limitação de luz foi diminuída com o aumento do período juvenil, mas não resolvida. Foram desenvolvidas cultivares de soja mais precoces, possibilitando que ela fosse semeada e colhida um pouco mais cedo o que melhorou as condições para o milho safrinha”, explica.
Atualmente, segundo o pesquisador, foram desenvolvidas cultivares de soja ainda mais precoces, possibilitando o plantio e a colheita ainda mais cedo, o que assegurou uma melhoria expressiva para o cultivo do milho safrinha, entretanto, com essa “antecipação” o fator água, ou seja, a quantidade de chuva que a oleaginosa precisa para se desenvolver plenamente passou a ser um novo fator limitador.
“Para superar essa limitação é preciso a consolidação do sistema de plantio direto que assegura uma menor amplitude térmica e maior infiltração e retenção de água no perfil do solo. Também é preciso que se faça uma boa escolha de cultivares, levando em conta a época da semeadura, ciclo e tipo de crescimento. Esse posicionamento possibilitará o crescimento vegetativo mais vigoroso desta planta, maior tolerância a veranicos e maior potencial produtivo”, concluiu.
Fonte: Zoonews
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