quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Emissão de poluentes é 57% menor, diz FGV




Entre os benefícios do biodiesel está a redução de emissão de poluentes. Segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), o biocombustível emite 57% menos gases poluentes que o diesel mineral. O mesmo estudo estima que, com a adição de 5% de biodiesel ao diesel, são evitadas 12.945 internações por ano resultantes de doenças respiratórias e que sejam poupadas 1.838 vidas pela mesma razão. Há ainda ganhos econômicos. Entre 2005, ano seguinte ao que foi criado o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), e 2010, foram economizados US$ 2,68 bilhões em importações de diesel.

- Os ganhos poderiam ser maiores, se não tivéssemos limitação ao crescimento do mercado nacional - diz Erasmo Battistella, presidente da Associação dos Produtores deBiodiesel do Brasil (Aprobio).

A expectativa da indústria era que o B10 (adição de 10% de biodiesel ao diesel) se tornasse obrigatório este ano, mas o governo vem adiando a determinação. Entre outras explicações do adiamento estão a excessiva dependência da soja - o grão é fonte de 80% da produção nacional, o que tornaria o país refém de eventual quebra de safra - e o preço do biodiesel. Este é de 40% a 70% maior que o do diesel mineral. Ao ampliar o percentual da mistura, o governo contribuiria para pressionar a inflação.

Além de ampliar a produção do biodiesel, o Brasil está reunindo esforços para o desenvolvimento do etanol de segunda geração. Este difere do etanol de primeira geração por ser obtido a partir do bagaço da cana, e não do caldo de cana. Um detalhe capaz de aumentar em 50% a produtividade das usinas. Segundo o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, o modelo tradicional permite produzir, em média, cerca de sete mil litros de etanol por hectare plantado. A segunda geração do combustível eleva esse volume para aproximadamente 11 mil litros por hectare.

A expectativa da empresa é produzir etanol de segunda geração em escala industrial a partir de 2015, projeto que deve consumir R$ 200 milhões.

Enquanto isso, a companhia aposta no etanol de primeira geração. Está investindo R$ 520 milhões em parceria com o grupo São Martinho para ampliar a capacidade de moagem da usina Boa Vista, em Quirinópolis (GO), de 2,3 milhões de toneladas para oito milhões de toneladas na safra 2014/2015.

Danielle Nogueira
Fonte: O Globo

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