quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Falta de regularidade das chuvas preocupa produtores de MT



O plantio da nova safra de soja, em Mato Grosso, atingiu no final da semana passada 75% dos de 6,78 milhões de hectares que deverão ser semeados na atual temporada (11/12). Conforme levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) são mais de 5 milhões já cultivados neste início de mês. Comparando o ritmo empreendido pelas plantadeiras há um avanço de 26,2 pontos percentuais em relação ao observado em igual período de 2010. Essa diferença é ainda maior quando considerada o tamanho da safra. O ciclo atual é 5,8% maior ante os 6,41 milhões semeados em 10/11.

A evolução observada no campo é movida pela coincidência do fim do período de proibição à sojicultura, o Vazio Sanitário, com a chegada das primeiras chuvas. Aliado a isso, o sojicultor tem pressa em concluir a safra de soja para dar lugar a segunda safra de milho, ou, à do algodão. No ano passado, o plantio teve o início retardado em quase um mês por conta da forte estiagem sobre o Estado. As regiões de destaque continuam sendo a médio-norte e o oeste, que contam com 90,9% e 81,3% de sua com plantio concluído, respectivamente.

O levantamento do Imea traz nesta semana um alerta em relação ao observado no campo: as precipitações continuam irregulares e um temor sobre a possibilidade de estiagem tem deixado o segmento em alerta e preocupado com os impactos da falta de umidade no solo. Entre os temores está o prejuízo em relação à produtividade, assim como, atraso na colheita e a possível perda da janela ideal de cultivo ao milho, período que se encerra no final de fevereiro.

“Vivenciamos as mesmas adversidades do período de plantio ocorrido nos Estados Unidos, só que na forma de ausência de chuva, algumas regiões de Mato Grosso também começam a sofrer os impactos de um período de estiagem de até 15 dias”, destaca o Imea. Conforme os analistas do Instituto, essa seca está resultando em perdas para o produtor, principalmente na região oeste do Estado, e em alguns casos mais críticos, cogita-se o abandono da área para plantio de outra cultura, no caso milho ou algodão. “O clima atual começa a influenciar na decisão do plantio, como ocorre no país norte-americano, e a soja e o milho começam a disputar as últimas áreas a serem plantadas no Estado, pois a janela para plantio do milho safra verão é maior”. Caso a estiagem continue em algumas regiões, a opção pelo cereal se tornará eminente.




Fonte: Diário de Cuiabá

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