terça-feira, 8 de novembro de 2011

Rio Verde Minerals mira em fosfato e potássio no país



A Rio Verde Minerals, empresa canadense criada para investir especificamente em fertilizantes no Brasil, planeja inaugurar uma indústria de fosfato no Pará no primeiro semestre de 2012, mas mantém foco em projetos de potássio pela perspectiva de firme demanda deste segmento.

A companhia tem ativos de potássio na bacia de Sergipe e está perfurando um primeiro poço de três previstos no Projeto Sergi, no município de São Cristóvão (SE), para definir o tipo de material disponível na região, etapa que antecede os estudos de viabilidade econômica.

A empresa, criada em dezembro de 2010, abriu capital na Bolsa de Toronto em agosto deste ano para levantar recursos para seus projetos de sondagens e exploração no setor de fertilizantes no Brasil, mas também pretende utilizar parte do caixa gerado com sua primeira planta de fosfato para financiar as pesquisas com potássio no país.

"Os projetos de fosfato, na realidade, devem servir muito para o nosso 'funding', o financiamento do projeto de potássio", afirmou à Reuters Alex Penha, vice-presidente para desenvolvimento corporativo da Rio Verde Minerals.

Ele explica que em dois anos é possível montar e explorar uma fábrica de fosfato, dependendo do tamanho da planta. O projeto Fosfatar, próximo de Belém (PA), deve entrar em operação no primeiro semestre de 2012 e atingir a capacidade plena, de 150 mil toneladas de fosfato, até o primeiro trimestre de 2013.

O Brasil importa cerca de 50 por cento do volume total consumido no ano.

Potássio e fosfato são dois dos nutrientes, que juntamente com o nitrogênio, são utilizados na formulação básica (NPK) dos fertilizantes.

"Nosso foco principal é potássio na bacia de Sergipe, lá estamos fazendo as sondagens e os resultados devem ficar prontos no final de novembro ou início de dezembro", afirmou Alex Penha, vice-presidente para desenvolvimento corporativo da Rio Verde Minerals.

Segundo o executivo, a perfuração já atingiu uma profundidade de cerca de 1.200 metros neste primeiro poço no projeto de Sergi.

DEMANDA BRASILEIRA

A empresa mira na produção de potássio em função da forte dependência brasileira, que importa cerca de 90 por cento de seu consumo anual, e pela realidade da produção do país, que se expande pelo cerrado em áreas de solo mais pobre em nutrientes que carecem de fertilização para elevar a produtividade das lavouras.

Atualmente, apenas a Vale produz o nutriente no Brasil em Taquari-Vassouras, também em Sergipe, em mina que está se esgotando nos próximos anos, enquanto a companhia busca renovar junto à Petrobras os direitos de exploração na área para um novo projeto.

Penha destaca que além da disponibilidade do minério na região e o apoio do governo local para projetos desta natureza, o Estado tem ainda vantagem de contar com boa infraestrutura, duto para transporte de gás, oferta de energia, estradas e um grande número de misturadoras no entorno da região.

"Temos todo mundo alinhado para fazer um projeto deste acontecer. E ele só acontece se todos andarem na mesma direção, porque este é um projeto que requer muito capital", afirmou.

De acordo com ele, o custo estimado nos projetos de potássio da fase inicial até a conclusão do estudo de viabilidade econômica é estimado em 40 milhões de dólares. E para todo o processo, até a construção da planta, o custo é estimado entre 2 bilhões a 4 bilhões de dólares, acrescentou.




Fonte: Reuters

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