terça-feira, 2 de agosto de 2011

Vacinação reduz perdas relacionadas às doenças reprodutivas em bovinos


As enfermidades que podem ser evitadas com a imunização são responsáveis por problemas como abortos e nascimento de bezerros fracos

A pecuária brasileira caminha a passos largos: o Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, com 205 milhões de cabeças em 2010 (fonte: CNA, SECEX), e detém a liderança das exportações de carne bovina chegando à marca de US$ 4.795.356 (Abiec – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes). Para acompanhar esse ritmo de crescimento, o pecuarista deve estar atento a todos os detalhes relacionados à nutrição, sanidade e reprodução dos animais, seja no segmento de bovinos de corte ou de leite. As doenças infecciosas que afetam as fêmeas em idade reprodutiva merecem atenção especial, pois são responsáveis por grandes perdas na bovinocultura. No entanto, a vacinação tem se mostrado a melhor maneira de diminuir estes impactos, tornando-se uma ferramenta essencial para manutenção da sanidade do rebanho.

Ao se considerar uma propriedade com ciclo completo (cria, recria e engorda), é possível listar seis doenças principais que podem acometer as vacas no período de reprodução: brucelose, tricomonose, campilobacteriose genital bovina, rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR), diarreia viral bovina (BVD) e leptospirose. “Todas essas doenças causam um grande impacto na reprodução, uma vez que levam a falhas na prenhez, mortes embrionárias, abortos, nascimento de bezerros mortos ou fracos e inviáveis. Porém, a maioria destas enfermidades pode ser evitada no País por meio da vacinação (imunoprofilaxia)”, explica Elio Moro, gerente técnico da unidade de negócios Bovinos, Pfizer Saúde Animal.
As vacinas têm por objetivo preparar o sistema imunológico do animal para que esteja apto a responder e se defender do ataque dos agentes causadores de doenças, quer sejam vírus, bactérias ou mesmo toxinas dos agentes infecciosos.

Para a maioria das doenças, a primovacinação (primeira vez que o animal é vacinado) consiste em uma primeira dose e uma dose de reforço após 30 dias. Após esta primeira dose, a revacinação será anual para IBR e BVD, e semestral para a leptospirose. Elio Moro salienta que, em situações de alto desafio, esses intervalos podem ser encurtados, de acordo com a orientação do médico veterinário.

Outra importante doença relacionada à atividade de cria é diarreia neonatal, maior causa de mortalidade nas primeiras semanas de vida dos bezerros. A melhor forma de prevenção da doença é a imunização das mães no pré-parto, para que o colostro contenha níveis suficientes de anticorpos logo após o nascimento. Estes anticorpos transmitem a imunidade aos bezerros por meio do colostro, protegendo-os das principais causas de diarreias nos primeiros meses de vida.

Na matriz prenhe, a vacinação contra diarreia neonatal deve acontecer 60 dias antes da data prevista para o parto, com dose de reforço após 30 dias (30 dias antes do parto). Nos anos subsequentes, essas vacas devem ser vacinadas apenas uma vez, 30 dias antes da data prevista para o parto.

“Felizmente, hoje o pecuarista tem acesso no Brasil a uma enorme quantidade de vacinas que são altamente eficazes no controle de quase todas as doenças importantes que podem acometer os bovinos e, consequentemente, causar perdas econômicas ao negócio Não há dúvidas de que a prevenção sempre foi e será a melhor e mais eficiente forma de prevenir várias doenças do rebanho. É notório que fazendas que utilizam um bom calendário sanitário possuem um desempenho produtivo acima da média”, finaliza Moro.

Além do desempenho produtivo superior, há de se considerar também que o uso de um bom programa de vacinação diminui o número de animais adoecendo na propriedade e, portanto, reduz a mão de obra e gastos com medicamentos. Confira abaixo sugestão resumida de calendário sanitário vacinal para as principais doenças reprodutivas bovinas que podem ser prevenidas por meio da imunização:
 

























As informações são da Pfizer Saúde Animal.

Fonte: Agrolink

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